quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O Segredo das Lunetas



Segredos das Lunetas para Carabinas de Ar Comprimido.

As lunetas sem dúvida são uns dos acessórios mais utilizados nas armas de ar
comprimido, permitem aumentar as possibilidades do disparo em altas distâncias
já que este dispositivo tem como missão principal proporcionar o aumento
suficiente para que se efetue o disparo de maneira mais segura, confiável e
certeira. Ela tem uma melhora substancial com relação às miras abertas,
especialmente em condições de baixa luminosidade e grandes distâncias.
Na continuação, comentarei alguns pontos chaves da anatomia das lunetas para
melhor compreensão e também facilitar a eleição para cada aplicação sem entrar
em excessivas complexidades. Inicialmente sempre existe certo desinteresse por
visores específicos para armas de ar comprimido, já que podem dar problemas
ou graves avarias em lunetas de alta qualidade que não resistem aos “famosos
trancos” e ao retrocesso inverso, assim como também a vibração gerada por
carabinas potentes de mola.
Aumentos: É a potência que tem o visor de aproximar o “alvo”, esta potência é
indicada por um ou vários números seguidos do “x”, por exemplo, uma luneta 3-
9x, indica que o zoom varia entre 3 a 9 aumentos pelo qual o “alvo” pode
aparece entre 3 e 9 vezes mais perto de nosso olho. Um maior aumento
geralmente implica menor luminosidade e um campo de visão menor e é mais
difícil manter as retículas sobre o “alvo” que parece que está em continuo
movimento sobre o “alvo”, exceto é claro que arma esteja apoiada. Os grandes
aumentos se reservam para usos em que arma possa estar sobre suportes (bipés
ou sand-bags) ou que a postura facilite a tarefa de apontar e mirar.
Retículo: É o tipo de “cruz” que vemos no visor e é um elemento indispensável
para fixar a pontaria, existem modelos de visores de retícula iluminada que
combinam as retículas normais com pontos iluminados eletronicamente para
permitir rápidas manobras de aquisição de “alvos” e outros ainda substituem a
retícula por um único ponto vermelho (red-dot). Existe uma imensa quantidade
de tipos de retículas, porém as mais utilizadas são estas:

30/30 Crosshair Duplex Mildot Dot Ret.
iluminada
Pinos de Ajuste: Permite o ajuste do visor, o pino superior leva a roda dentada
a corrigir a elevação e o pino lateral se encarrega de corrigir os ajustes de desvio
lateral. Os modelos mais especializados possuem uns botões exteriores que
permitem o ajuste destas rodas sem a necessidade de ferramentas e ainda
incluso incorporam uma escala graduada com o objetivo de poder realizar
ajustes muito precisos durante o tiro segundo as condições do vento ou
mudanças de distância. Nos manuais de instrução se incluem ainda os graus de
correção por cada movimento ou “click” das rodas de ajuste.
Abertura: O diâmetro da lente frontal (objetiva) do visor se expressa em
milímetros, e é um dos fatores que deve se levar em conta, pois em geral quanto
maior é a abertura, mais está capacitado o visor a operar com pouca
luminosidade. Assim continuando, a exemplo da luneta 3-9x40, a cifra “40” nos
indica que a lente frontal tem 40mm de diâmetro, o qual é uma cifra
considerável. Também existe uma relação que se deve levar em conta; quanto
mais aumentos possue a luneta mais abertura é necessária já que por regra
geral é necessário mais luz para um maior aumento.
Saída da pupila: Outro fator relacionado com a luminosidade do visor
determina-se dividindo a abertura pelos aumentos, por exemplo, a luneta 3-9x40
tem uma saída de pupila de 13 a 4.5mm, quanto maior é o número em
milímetros, maior é o ponto de luz que cai sobre nosso olho, aqui se observa
precisamente a relação que existe entre os aumentos e a quantidade de luz.
Distância do olho: Indica a que distância desde a lente traseira (ocular)
poderemos ver a imagem completa no visor da luneta, para determinadas
aplicações existem diferentes distância ao olho, existem lunetas para armas de
grande potência que tem uma distância ao olho muito superior as convencionais,
com o fim de proteger os olhos de golpes produzidos pelo retrocesso, ou o
famoso “tranco” da arma, ou até mesmo aquelas que são usadas para pistolas,
já que com o braço esticado podemos ver perfeitamente a imagem nítida no
visor da luneta.
Campo de visão: é a largura e altura da área que podemos ver através do visor
da luneta, normalmente vem expressado como largura em metros que podemos
ver a uma distância determinada, geralmente 10 metros ou bem dependendo do
aumento aplicado. A medida que aumentamos a magnificação do visor da luneta
se reduz o campo de visão, caso se utilize um excessivo aumento a curtas
distâncias pode ser que o campo de visão seja demasiado pequeno.
Óticas tratadas: São as óticas que levam um revestimento especial na sua
superfície e que evita brilhos e reflexos indesejados e que proporcionam uma
melhora na visão de condições de pouca luz. Alguns revestimentos são de
fluorato de magnésio, capas de rubi, etc.
Ajuste do paralax: é um ajuste muito útil que permite otimizar o enfoque em
diferentes distâncias, em algumas lunetas orientadas a armas de fogo, a imagem
em distâncias curtas pode aparecer clara, mas com retículos embaçados, com o
ajuste do paralax esse problema pode ser solucionado perfeitamente. Isso
acontece porque a imagem e a retícula não estão no mesmo plano focal.
Geralmente este tipo de ajuste preciso do enfoque se reserva para lunetas de
grande potência de aumento. Consiste basicamente em um anel de ajuste
situado na lente frontal (objetiva) ou bem um pino lateral que se pode girar até
encontrar o melhor foco para determinada distância. A indicação de distância
mediante a este ajuste permite calcular a forma aproximada da distância que se
encontra o “alvo”.
Anel de enfoque rápido: Na lente situada adiante do olho (ocular) algumas
lunetas incluem um anel de enfoque rápido que tem como objetivo uma função
similar ao do ajuste do paralax, mas que combinado com ele evita ter que mudar
o ajuste dianteiro, nos casos de mudar rapidamente a distância do disparo. Em
outros modelos a margem de ajuste permite ainda adaptar o enfoque dos
dioptros do olho no caso de não poder utilizar óculos graduados especialmente
nos visores com uma distância ao olho muito curta.
Proteção ambiental: As boas lunetas levam sistemas que protegem da chuva,
umidade e alterações bruscas de temperatura, este ponto é de vital importância
na hora de escolher uma luneta. Essas lunetas são preenchidas com gases
especiais como o nitrogênio que evita que ser forme umidade no interior das
lunetas devido a alterações de temperatura ou por estar expostas a condições
meteorológicas extremas. Paralelamente todos os anéis e pinos de ajustes
devem levar seus correspondentes lacres com o fim de evitar a entrada de pó ou
umidade.
Tampas das objetivas: É de extrema importância o uso de tampas nas
objetivas das lunetas quando ela está guardada, pois prevê o acumulo de pó,
assim como também arranhões nas lentes durante seu armazenamento ou
transporte. Algumas até incluem lentes de cores que se podem colocar no visor
para aumentar o contraste em condições de pouca luminosidade (as famosas
tampas amarelas).
Alguns conselhos úteis
• Evite golpes e fortes vibrações
• Não deixe a luneta exposta ao sol durante muito tempo
• Utilize sempre tampas quando não estiver usando
• Limpe as lentes com materiais e produtos específicos
• Utilize “mounts” ou “Rings” adequados e de boa qualidade para cada
modelo apropriado.
Como utilizar a luneta?
Para ajusta a luneta devemos buscar uma posição mais estável possível para
efetuar o disparo, recomendo utilizar uma mesa com um bom apoio e senta-se
em uma cadeira para estar mais cômodo.
O mais correto seria utilizar uma mesa de tiro com seu correspondente apoio
ajustável, porém pode-se improvisar uma toalha enrolada e se efetuar 3 disparos
em um alvo situado a uma distância que se queira regular a luneta. Se utilizará
os pinos de ajuste para corrigir a altura e o desvio lateral, porém somente uma
coisa de cada vez, pode-se começar pela altura e quando se conseguir o ajuste
horizontal pode-se partir para o desvio lateral. Se deve efetuar ao menos 3
disparo em cada correção feita para assegurar a veracidade do disparo. É
sempre bom lembrar para ter delicadeza com o gatilho, pois este é um ponto
importantíssimo na aferição da boa mira, ou seja, um gatilho muito duro irá com
certeza interferir no disparo.
É comum que apesar de se elevar a roda de ajuste de altura ao máximo ainda
não conseguir alcançar o objetivo do alvo, isso é devido ao “mount” que pode
estar desalinhado com a base ou o tubo de apoio na carabina. Para corrigir este
problema deve-se colocar pequenas lâminas de plástico ou papel entre o mount
e a luneta para poder alinhar e corrigir o problema. Recomendo o uso de
plásticos bem resistentes, como por exemplo, aqueles velhos negativos de filme
fotográfico que você não utiliza mais.
Porém a solução mais segura e perfeita é adquirir Mounts ou Rings ajustáveis e
de boa qualidade para permitir compensar a falta de alinhamento. Este mounts
possuem catracas ou rotores que permitem o alinhamento perfeito de elevação.
Bem, sobretudo é bom ter muita paciência e determinação.
Bibliografia:
The Los Angeles Silhouette Association
http://www.lasc.us/
The International Handgun Silhouette Association
http://www.lasc.us/RangingShotRifleAirGunScopes.htm
Todoaire,
http://www.galeon.com/todoaire

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